No passado mês de Abril de 2014, o Parlamento Europeu adoptou uma proposta que altera as Directivas 78/660/CE e 83/349/CE no que se refere à divulgação de informações não financeiras e de informações sobre a diversidade por parte de determinadas grandes sociedades e grupos. As empresas interessadas terão de divulgar informações sobre políticas, riscos e resultados em relação às matérias ambientais, aspectos sociais e relacionadas com os colaboradores, respeito pelos direitos humanos, anticorrupção e questões de suborno e diversidade nos conselhos de administração. As novas regras aplicam-se apenas às empresas com mais de 500 funcionários. Em particular, as grandes entidades de interesse público, com mais de 500 funcionários serão obrigadas a divulgar determinadas informações não financeiras nos seus relatórios de gestão. O âmbito de aplicação inclui aproximadamente 6 000 grandes empresas e grupos em toda a UE.
Na manhã do passado dia 22 de Outubro, a EY Portugal através da sua área de Climate Change and Sustainability Services promoveu a discussão sobre os desafios e oportunidades associados à transição para um novo paradigma de divulgação de informações não financeiras e as implicações para as grandes empresas portuguesas e entidades públicas da referida proposta de Directiva. A Conferência pretende, em particular, contribuir para a discussão do papel do Relato Integrado (RI) como um conceito e uma ferramenta para operacionalizar as novas exigências definidas pela Directiva.
O RI é um novo conceito que foi criado para articular melhor o leque mais amplo de indicadores que contribuem para a criação de valor de longo prazo e os vários papéis que as organizações desempenham na sociedade. Central à abordagem é a visão de que hoje o valor de uma organização é cada vez mais moldado por factores como o ambiente, a reputação social, o capital humano e outros. Este conceito de criação de valor é a espinha dorsal do RI e, acreditamos, será o futuro do relato corporativo.